sexta-feira, 2 de abril de 2010

eletronica

A engenharia elétrica é o ramo da engenharia que lida com o estudo e a aplicação da energia elétrica e do eletromagnetismo.

De observar que, em Portugal, todos os Engenheiros Eletricistas recebem a designação genérica de "engenheiros eletrotécnicos", independentemente da sua especialização ser em eletrotécnica propriamente dita, em eletrônica ou em outro ramo da engenharia elétrica.
Eletrônica
Eletrotécnica
Motor Síncrono

No que concerne à energia elétrica, envolve basicamante a:

* Geração (usinas/fábricas geradoras hidrelétricas, termoelétricas, nucleares);
* A Transmissão ou o Transporte (linhas de transmissão de alta tensão) (AT) e extra alta tensão (EAT);
* A Distribuição e utilização nas residências, nas indústrias (controle e automação, máquinas elétricas, motores elétricos);
* Telecomunicações (telefonia fixa e celular, rádio, televisão, internet);
* Informática;
* Eletrônica.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

artigos de engenharia eletrica

Olá, sou aluno de doutorado em engenharia elétrica (telecom) na Universidade de Oulu (Finlândia) e gostaria de passar um pouco das diferenças entre a forma que a pesquisa/ inovacao é conduzida.

1) Brasil: vou dar o exemplo da Unicamp, escola em que me graduei e fiz o mestrado. Excelente base teórica e com algumas relações empresa-universidade. Existe a INOVA e até um certo apoio a inovação. Porém, nada que se salte a vista nesse caso. Por outro lado, a pesquisa mais básica e a liberdade de trabalho é muito grande — normalmente um acordo entre orientador e orientado. A inovação vem da vontade do interessado.

2) Finlândia: o mestrado é como se fosse o nosso 4. e 5. ano de graduação (Sistema europeu – tratado de Bologna). Ou seja, os alunos de doutorado entram “crus” para o trabalho de pesquisador. Quanto a inovação, normalmente os financiamentos vêm de parcerias empresas-universidade, as quais “obrigam” a gerar produtos ou “invention reports” . Aluno de doutorado na Finlândia tem contrato de trabalho, que são curtos para controlar os empregados. Bem, não existe muita liberdade de pesquisa, você tem que dançar conforme a música que eles colocam. Ou seja, você é pressionado para trabalhar em inovação, sendo que o benefício dela será utilizado por alguém que “terceirizou” seu serviço.

Pelo que me falam,na Alemanha e Suécia, o sistema é parecido. No Reino Unido e Itália, você trabalha mais, é visto como estudante e ganha muito pouco (detalhe que no R.U., se você não é da União Européia, você tem que pagar a Universidade).

Por fim, quanto as publicações na minha área, existe um tipo de monopólio do IEEE. Eles dão o “aval” a conferências (a maioria delas política e com cartas marcadas). As revistas (e algumas outras conferências mais tradicionais) já têm um processo de revisão mais refinado, porém têm uma grande falha: a revisão não é cega. O que isso significa: quando o revisor pega um artigo e lê o nome “Stanford”, a sua revisão passivelmente não vai ser a mesma se o artigo for de uma outra universidade menos conhecida.

Ainda assim, o número de artigos é algo quantificável e, no Brasil, temos um peso de impacto para o artigo. Por isso, mesmo sendo algo que possa camuflar muita coisa, não vejo outro indicador que reflita melhor o desenvolvimento da pesquisa científica.

É isso.
Por Joao Nunes

Caros

Nao concordo com a abordagem do Camerarius em alguns pontos. Serei breve.

1. A submissao de papers nao e somente e melhor maneira para divulgacao cientifica, mas ainda e o meio mais seguro de se avaliar uma pesquisa inédita, pois o paper e avaliado por pares, nacionais ou internacionais. E uma maneira segura de valorar, se confiarmos na rigidez dos pares.

2. Sobre o tempo de doutorado: Estou terminando meu doutorado na Australia, que, digamos, e um pais bem conectado nos aspecto academico-cientifico. Aqui e na maioria dos paises com producao significativa o tempo de mestrado e doutorado esta DIMINUINDO, para inserir mais rapidamente o pesquisador em pesquisas continuas, que e o que realmente importa. O mestrado, por exemplo, nao precisa ser feito se o graduando tiver um bom aproveitamente acadêmico. E o doutorado tem mudado de significado (e tempo = 3 anos) ao passo que, nao e em 3,4,5 ou 6 anos que ira se produzir uma tese realmente inedita como era a antiga premissa do doutorado (6 anos). Atualmente o doutorado e muito mais uma replicacao de outras pesquisas em novos estudos de caso, o que, em um contexto maior do grupo de pesquisas pode gerar bons resultados ineditos e comparativos.

3. Transito pelas Geociências, englobando Geologia e Geografia. A Geografia por exemplo, geralmente tem presença em mais Universidades e, portanto, uma maior massa de profissionais, mas uma qualidade científica inferior, que nao pode se comparar com o nível de amadurecimento de pesquisas da Geologia. Dito isto, um argumento e um pedido que acho mortal da Geografia e se criar outras maneiras de valoracao para area, como livros e capítulos de livros por exemplo e, pasmem, doutorados mais longos.

Fica a pergunta: Pode-se comparar a submissão de um artigo científico em revista indexada (e revisada por pares) com um livro ou capitulo de livro editorado? Sem ser ofensivo, se eu quiser posso fazer um livro sobre minhas incríveis viagens de bicicleta.

Espero ter contribuído.